Uma das maiores eleições do mundo seguiu sem grandes ocorrências neste domingo (6). Segundo balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 137 milhões de eleitores foram às urnas para escolher prefeitos e vereadores nos mais de 5.560 municípios brasileiros. A abstenção chegou a 21,96%. Os votos brancos representaram 2,91% e os nulos chegaram a 4,33% do total de votos.
O resultado foi decidido em primeiro turno em 11 capitais, como Rio de Janeiro e Vitória. Em outras 15, a decisão ficou para o próximo dia 27, em segundo turno.
Eduardo Paes (PSD) foi reeleito no Rio de Janeiro, garantindo seu quarto mandato e destacando-se como recordista à frente da prefeitura da cidade. Outras capitais que também definiram seus prefeitos logo no primeiro turno foram Salvador, Recife, Vitória, São Luís, e Florianópolis.
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Entre as capitais do Nordeste, João Campos (PSB) foi reeleito no Recife, Bruno Reis (União Brasil) em Salvador, e JHC (PL) em Maceió. Já no Norte, os prefeitos reeleitos foram Arthur Henrique (MDB) em Boa Vista, Tião Bocalom (PL) em Rio Branco, e Dr. Furlan (MDB) em Macapá.
Confira os eleitos em primeiro turno:
- Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)
- Florianópolis (SC): Topázio Neto (PSD)
- Macapá (AP): Dr. Furlan (MDB)
- Maceió (AL): JHC (PL)
- Recife (PE): João Campos (PSB)
- Rio Branco (AC): Tião Bocalom (PL)
- Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (PSD)
- Salvador (BA): Bruno Reis (União Brasil)
- São Luís (MA): Eduardo Braide (PSD)
- Teresina (PI): Silvio Mendes (União Brasil)
- Vitória (ES): Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Na opinião do cientista político Leandro Gabiati, a quantidade de prefeitos reeleitos nas capitais é o resultado da avaliação do trabalho realizado nas prefeituras:
“O que o cidadão eleitor avalia é a gestão do prefeito, não interessa se o prefeito é 13 ou 22. Se o prefeito fez uma boa gestão, geralmente o que o eleitor faz é validar ou não a permanência desse prefeito. Então, não há surpresa nesse número elevado de reeleitos”, pontua.
Segundo turno
O maior colégio eleitoral do Brasil terá segundo turno, com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) disputando contra Guilherme Boulos (PSOL). Em Belo Horizonte, a disputa no segundo turno será entre Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD). Já na capital cearense, o segundo turno será entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT).
Confira as capitais onde haverá segundo turno:
- Aracaju (SE): Emília Correa (PL) e Luiz Roberto (PDT)
- Belém (PA): Igor (MDB) e Delegado Eder Mauro (PL)
- Belo Horizonte (MG): Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)
- Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União)
- Cuiabá (MT): Abílio (PL) e Lúdio (PT)
- Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB)
- Goiânia (GO): Fred Rodrigues (PL) e Mabel (União)
- Fortaleza (CE): André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT)
- João Pessoa (PB): Cicero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)
- Manaus (AM): David Almeida (Avante) e Capitão Alberto Neto (PL)
- Natal (RN): Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT)
- Palmas (TO): Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira (Podemos)
- Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT)
- Porto Velho (RO): Mariana Carvalho (União) e Léo (Podemos)
- São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
Forças políticas
Na avaliação do cientista político Leandro Gabiati, os resultados nas 26 capitais brasileiras mostram que há partidos de centro direita e de direita que se destacaram, como o PL, o PSD, o MDB e o União Brasil:
“Acho que estes quatro partidos têm uma presença e um desempenho muito importante nas capitais e, por outro lado, há que mencionar o baixo desempenho do PT. Então, o que a gente vê é um movimento que de alguma forma vem estando presente no Brasil desde a eleição de 2018 e há um movimento do eleitor brasileiro para o centro direita e para a direita”.